quinta-feira, 16 de junho de 2011

quinta feira: onze horas, quarenta e sete minutos

Quando você pensa em literatura, quais os livros que lhe vem a cabeça? Hoje eu resolvi fazer uma postagem diferente, vou relatar aqui os livros que me fizeram amar a literatura.


Norwegian Woods do escritor japonês Haruki Murakami, foi o primeiro livro que eu li desse autor, me apaixonei. A escrita dele é tão sublime e rico em sentimentalismo que não da para simplesmente deixa-lo passar.




Após Norwegian Woods eu li Minha Querida Sputnik, esse segundo mudou minha vida em milhares de aspectos, eu costumava lê-lo com uma caneta destaca texto ao lado, eu marquei o livro inteiro. É o tipo de escritor que fala com o leitor sem o mesmo sequer perceber. Esses dois livros falaram comigo.




  
O que dizer sobre Oscar Wilder?! Qual vida não foi tocada pela sua obra? Quem não ficou maravilhado ao ler O Retrato de Dorian Gray? Quem não ficou chocado com a realidade ao ler A Alma do Homem Sob o Socialismo? Esses dois livros fazem parte da seção “meus livros amados e queridos”. O Retrato de Dorian Gray foi o que eu mais gostei, até hoje eu o leio e a cada leitura descubro uma infinidade de detalhes da história, e o rabisco a cada leitura. Oscar Wilde faz parte dos livros que mudarão a história, pelo menos a minha.

























Goethe, o primeiro livro que eu li dele foi O Sofrimento do Jovem Werther, quem já não leu esse livro? Pessoas se matavam por causa dessa história usando as mesmas roupas do personagem. Acredito (posso estar errada) que esse livro foi até banido durante um tempo por causa dos suicídios. Eu gosto muito desse livro, mas faz tempo que eu não o leio.






Não posso deixar de colocar aqui a obra prima de Goethe o famoso livro que relata o pacto que um médico faz com o demônio Fausto. Esse sim é o livro que um ser humano não pode deixar de ler.




Continuarei em outro post....





quarta-feira, 15 de junho de 2011

quarta feira: onze horas, cinquenta e quatro minutos

ANÁLISE DOS POEMAS DE ANA CRISTINA CÉSAR

 

 

Biografia

 

Ana Cristina César nasceu em 1952. Entre os autores que se costuma classificar, acertadamente ou não, como pertencentes à geração dita marginal da poesia, Ana Cristina César é a que possui uma escrita mais pessoal, isto é, menos influenciada por obras, vanguardas ou movimentos anteriores. Seus poemas, quase sempre na primeira pessoa do singular, estabelecem um tipo de discurso de si, um diálogo com a própria experiência do mundo e com uma necessidade resoluta da escrita. Sua poética é uma navegação pela imensa variedade de objetos do mundo, que podem ser ela própria, pessoas, livros, lugares, cartas, uma dor indefinida ou até mesmo uma pequena coceira. Nesse universo, nada é mais certo do que nada, nada tem privilégio ou é a priori descartado. O eu que discursa em Ana Cristina César, longe de ser um ego, é um eu fragmentado, incompleto, característico e quase que anunciador de uma das mais fortes vertentes da contemporaneidade. Por isso mesmo, a morte precoce da autora, em 1983, só reforça esse inacabamento que, de fato, já faz parte do cerne de sua escrita, desde o seu início.

 

 

obras
Cenas de Abril (1979)
Correspondência Completa (1979)
Literatura não É Documento (1980)
Luvas de Pelica (1980)
A teus Pés (1982)
Inéditos e Dispersos (1982)
Escritos da Inglaterra (1988)
Escritos no Rio (1993)
Correspondência Incompleta (1999)


 

 

Soneto

Pergunto aqui se sou louca
Quem quer saberá dizer
Pergunto mais, se sou sã
E ainda mais, se sou eu

Que uso o viés pra amar
E finjo fingir que finjo
Adorar o fingimento
Fingindo que sou fingida

Pergunto aqui meus senhores
quem é a loura donzela
que se chama Ana Cristina

E que se diz ser alguém
É um fenômeno mor
Ou é um lapso sutil?

 

 

A métrica do poema apresenta irregularidade ora contendo 8 silabas métricas e em outros versos 5. Os versos do soneto são livres, não obedecem a nenhum esquema. Não há metro, mas apenas "ritmo interior", não se fixa a norma nenhuma fora a estrutura de um soneto. Os versos são encadeados e trata-se de um dialogo com o "eu", Ana Cristina questiona sua sanidade num dialogo consigo mesma.

 

Na segunda estrofe podemos notar a existência de aliteração da consoante "n"

 

E finjo fingir que finjo
Adorar o fingimento
Fingindo que sou fingida


terça-feira, 14 de junho de 2011

terça feira: oito horas, quarenta e dois minutos


Não aguento mais ir para faculdade, não é só pelo cansaço físico, é mais pelo cansaço mental. Na minha sala tem muita gente preconceituosa e imatura, tem gente que quer mostrar o quanto é capaz de fazer alguma coisa quando não é. Acho que o curso que escolhi tem uma cobrança cultural muito grande, se você faz literatura você tem que ser quase um "Antonio Cândido". Não, eu não quero isso. Eu quero apenas estudar aquilo que eu amo, não quero conversar sobre filmes de cultura, quero falar da última comédia romântica que assisti, quero dizer o quão engraçado é  "o diário de bridget jones", quero poder falar sobre coisas comuns! Não quero tomar café da manhã pensando que Shakespeare criou uma outra forma de escrita ou fazendo poesia, isso é cansativo. Não estou dizendo que não assisto filme cult ou que não leio algo um pouco mais denso, só estou dizendo que não quero ter a obrigação de ser culta. Esse sábado tomei café da manhã com um rapaz da minha sala e seu namorado, ao longo da conversa eles falavam o quanto se decepcionam com os "amigos" deles, que esses amigos eram oportunistas e coisas do tipo. Acho que a única vez que abri a boca foi para dizer que essa situação era fácil de resolver. Naquele momento eu percebi o quanto é bom ser fumante, pedi licença a eles e fui para fora da lanchonete fumar sozinha, melhorou o meu sábado. Vampiros sociais!