terça-feira, 14 de junho de 2011

terça feira: oito horas, quarenta e dois minutos


Não aguento mais ir para faculdade, não é só pelo cansaço físico, é mais pelo cansaço mental. Na minha sala tem muita gente preconceituosa e imatura, tem gente que quer mostrar o quanto é capaz de fazer alguma coisa quando não é. Acho que o curso que escolhi tem uma cobrança cultural muito grande, se você faz literatura você tem que ser quase um "Antonio Cândido". Não, eu não quero isso. Eu quero apenas estudar aquilo que eu amo, não quero conversar sobre filmes de cultura, quero falar da última comédia romântica que assisti, quero dizer o quão engraçado é  "o diário de bridget jones", quero poder falar sobre coisas comuns! Não quero tomar café da manhã pensando que Shakespeare criou uma outra forma de escrita ou fazendo poesia, isso é cansativo. Não estou dizendo que não assisto filme cult ou que não leio algo um pouco mais denso, só estou dizendo que não quero ter a obrigação de ser culta. Esse sábado tomei café da manhã com um rapaz da minha sala e seu namorado, ao longo da conversa eles falavam o quanto se decepcionam com os "amigos" deles, que esses amigos eram oportunistas e coisas do tipo. Acho que a única vez que abri a boca foi para dizer que essa situação era fácil de resolver. Naquele momento eu percebi o quanto é bom ser fumante, pedi licença a eles e fui para fora da lanchonete fumar sozinha, melhorou o meu sábado. Vampiros sociais! 


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